quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

"...estas eram as coisas que ele mais amava,com as quais se identificava e entre as quais se desdobrava a sua vida íntima;

coisas cujos nomes podiam ser aproveitados, com bom feito, em versos, e, de fato, sempre ressoavam nos versos que de vez em quando compunha." (Thomas Mann)



Perpétua maravilha...(?)



Solitário indivíduo estendo pontes


E solidário me faço além do espaço


Exíguo deste corpo agreste e lasso,


Navegando para além dos horizontes.


Compartilhada vida só em parte


Pois que, por outra parte, fujo à ilha,


E desfruto a perpétua maravilha


De à angusta solidão fugir com arte.


Solitário, mas sempre solidário,


Fugindo ao tempo precário e repartido,


No bem do amor encontro o meu sacrário


E tudo o que é bem meu eu condivido


Não vendo noutro ser algo contrário


Mas o que faz o inferno suprimido.





***


Pode se matar um sonhador,
mas nunca um sonho...

3 comentários:

Anônimo disse...

O grilo procura
no escuro
o mais puro diamante perdido.

O grilo
com suas frágeis britadeiras de vidro
perfura

as implacáveis solidões noturnas.

E se o que tanto buscas só existe
em tua límpida loucura

- que importa? -

isso
exatamente isso
é o teu diamante mais puro!

Mario Quintana


Bjim

Louise

Vampira Dea disse...

Impressionante!Como vc consegue se abrir tanto, rasgar a pele, mostrar o que tem dentro?
Bonita a forma que escreve de si mesmo com tanta poesia.

Maurício Zerk disse...

Sabe que eu nunca percebi isso...
Mas te garanto, essa página me ajudou a ,elhorar um pouco em realação a algumas coisas.

abraço!

***