quarta-feira, 23 de julho de 2008

E assim vou...com a fremente mão do mar em minhas coxas. Minha paixão?Uma armadilha de água, rápida como peixes, lenta como medusas, muda como ostras!


A cada dia que passa assisto as horas saltarem a minha frente. Assisto minha angustia corroer boa parte de tudo aquilo que eu acredito, sinto e desejo.
Sem pudor algum, percebo que a vida mostra-se numa masturbação diária. Com duração de 24 horas e mais alguns devaneios. Onde nem mesmo no fechar dos olhos, na calada da noite, a inquietação da lugar a quietude.
Assisto, não mais amedrontado, ao desfile de demônios a minha frente. Demônios estes que hoje se tornam próximos e começam até mesmo a dialogar. Assim perco o medo deles…
Ou eu morri. Ou eles não são tão cruéis assim.
Por incrível que pareça me sinto a cada vida mais forte! Para você ver… A orelha de Eurídice nem me encanta como outrora… Muito menos,"eu não sei dançar" da Marina!
Mais forte. Menos vulnerável. Não com muros mais altos… Na verdade, os muros que existiam ao meu redor todos foram para o chão.
O que esta mudando… São os caminhos que levam até mim.
...e assim caminha minha humanidade!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

E por um segundo não sei mais quem sou ou para que lado devo fugir...Dai-me um abraço e diga-me que não devo mais mentir!!!


*ESSÊNCIA*


Às vezes
Sinto-me batendo nas teclas de um piano mudo
Surpreendo-me camponês
Semeando terras estéreis
Vejo-me voando com asas de cera
Cada vez mais alto, tentando alcançar teus olhos
Tentando alcançar com a ponta dos dedos
Uma lágrima que cai com o vento
Uma gota que se estilhaça ao me aproximar
Me faz parar, deitar e chorar
E te abandonar
E te deixar só em tua ilha distante
Longe dos meus versos azuis
Longe do meu olhar suplicante
Nunca saberás, então
Quanta saudade sentirei no primeiro segundo
No instante em que me rasgar tua ausência
Nunca saberás qual é o gosto de minha essência
Não posso mais vagar pelas trevas
De tua velha mansão em ruínas
Não consigo buscar-te às cegas
Numa queda livre que nunca termina
No entanto...Se tudo que fomos foi poesia
Deixo-te uma garrafa de minha essência
Infelizmente...
Vazia.

Eduardo B. Penteado

sábado, 12 de julho de 2008

there is a force greater than I ...




É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que nada fazer. Eu prefiro caminhar na chuva em dias tristes, me esconder em casa. Prefiro ser feliz, embora louco, a viver em conformidade. Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização. Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira. O ódio paralisa a vida; o amor a desata. O ódio confunde a vida; o amor a harmoniza. O ódio escurece a vida; o amor a ilumina. O amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo..."

É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que nada fazer.

É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que nada fazer. Eu

terça-feira, 8 de julho de 2008

"Conhece-te a ti mesmo", sugeria Sócrates. Não há moeda com apenas uma face. Em nós também há duas. Em cada um há virtude e pecado, carência e...

... fartura,bondade e maldade, grandeza e mesquinhez... Sendo assim: Acho que eu não sei quem sou, só sei do que não gosto! (R. Russo, em "o teatro dos vampiros").




Eu não sou o que a bondade dos amigos e o entusiasmo dos admiradores fazem de mim. Também não sou o que a calúnia, a maledicência de alguns de mim espalha. Uns e outros estão enganados. Eu também me deixaria enganar se, ingenuamente, aos primeiros, eu respondesse com sorrisos-pagamento e, aos outros, com insultos de contragolpe. O que eu sou ninguém sabe. Inclusive eu mesmo. "Sou quem duvida e a própria dúvida."

(Ralph Waldo Emerson).

sábado, 5 de julho de 2008

A boa e velha arte de matar o tédio...E matei mesmo!!!


Quem sou eu? Uma pergunta difícil que merece, no mínimo, uma resposta complicada. Quem sou eu? Eu sou único. Todos nós o somos, pelo menos nas nossas opiniões. Todos nós somos diferentes, no entanto, todos somos iguais. Ser único esta restrito a um pequeno grupo de pessoas. Essas pessoas são únicas por aquilo que conseguem realizar na vida.
A vida não devia ser medida em dias, semanas, meses, nem sequer em anos mas sim pelos feitos que nós realizamos no tempo que temos disponível para habitar este mundo. Ninguém se vai lembrar mais de nós apenas porque vivemos até aos 80 anos mas sim por aquilo que fizemos enquanto cá tivemos. Isso sim é o mais próximo da verdadeira imortalidade que alguma vez vamos chegar.
A nossa singularidade é comparável as ondas do mar. Cada onda vista como um individual é diferente das outras. Desde da sua formação, até ao percurso realizado, onde chega a zona de rebentamento, cada onda é diferente da outra. Mas quando visto no conjunto é tudo mar. Diferentes entre elas mas iguais nas suas curtas vidas e nos seus percursos. E assim é a vida das pessoas. Nascem, vivem, e morrem. Para cair no esquecimento das gerações seguintes. Únicos são aqueles que marcam as suas diferenças e não deixam que as suas memórias sejam esquecidas.
Fernando Pessoa com a sua mistura de simplicidade e complexidade acabou por marcar a sua diferença. Na realidade, quando era estudante, não gostava muito da matéria mas confesso que admiro o homem porque ele era único. E era por esse motivo que tínhamos que estudar ao pormenor a sua vida e a sua obra em vez de estudar a vida e obra do Zé Miguel, o mecânico da zona. Fernando Pessoa ficou imortal com a sua singularidade e isso é de louvar.
Isso leva-me de volta a minha questão inicial. Quem sou eu? Eu sou uma pessoa que tenta deixar a sua marca mas que de certa forma ainda não foi capaz. Quem sou eu? Eu sou o eterno apaixonado, um jovem sonhador, um lutador feroz no que toca aos objectivos da vida. Sou uma pessoa complexa, cheia de confiança mas ao mesmo muito inseguro. Tenho sonhos a realizar e tento aproveitar cada dia para o fazer. Mas confesso que na realidade nem sempre o consigo.
E tu? Quem és?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Amor e Existência





Entre o céu e a terra
os sentimentos se confundem
As intenções desaguam em glôbulos
O amor dissolve a escuridão
traz luz,harmonia e tesão...
Estado e existência e glória!
Equilibrio,criatividade e amor
fazem as cores vibrarem
abrem portas...
Enchergar o mundo pela testa
sentir a água,as pessoas,
navegar no mar do amor em
dia de agitação...
Sendo iluminado com a arte
das discargas de energia orgânica.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Amar ao próximo como a mim mesmo não é, nunca foi e nunca será uma boa idéia...Garçon, me trás uma cerveja por favor!!!


Devolve o meu jardim! É lá que quero ficar e cuidar de tudo que plantei. É lá que vou estar sempre que alguém de boa vontade me chamar. Deixe-me arrancar as folhas secas e regar o que precisa crescer ainda. Devolve meus chinelos...é aí que preciso pisar para me sentir mais forte...Existe muita poeira no chão lá fora e não quero sujar o que ainda está limpo... e não me lembre que esqueci de chorar essa noite, pois, minha fábrica do liquido salgado está falindo, prefere estar em silêncio.
Hã? As coisas estão insuportáveis pra mim?
Bobagem, eu sou o herói de mim mesmo!...sempre!!!

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