quarta-feira, 30 de abril de 2008

+*+*+*

...

E OUÇA A CANÇÃO!





Sou assim

Sou assim...
Você me aceita?
Uma pessoa feliz!...
De bem com a vida...
Para uns sou simpático,
para outros antipático...
Adoro sorrir e brincar!
Sou alegre e autêntico,
mas não muito inteligente.
Sou carinhoso, terno, apaixonado e maduro...
Vejo o mundo com os olhos
da alma e do coração,
vivo tudo com muita paixão!
Sou decidido e às vezes até teimoso,
meiguinho... Ah!... E muito dengoso!
Adoro dançar e cantar!
Vivo em constante festa
e conjugo o verbo amar,
freqüente e intensamente.
Escrever para mim é alegria,
embora nos meus versos
encontres saudade e tristeza
que fazem parte da vida e da poesia.
Procuro ver com clareza
todos os sentidos e sentimentos,
e com espírito de artista, de poeta.
Mas se a vida é brincadeira
quero te pedir, sinceramente,
deixa-me ser a eterna criança
para viver sempre na sua lembrança!

Fila Moderna

***

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

domingo, 27 de abril de 2008

Fernando Pessoa, Anjo da Guarda

Parece que já não gostam do que digo
Parece que o que considero amigo
Já não quer saber
O que estou a escrever.


Passo de poemas com tantos comentários
A poemas ordinários
Ninguém os comenta
Ninguém ler sequer tenta.

Sou tão incompreendido
Depois não querem que fique deprimido
E ainda por cima estudam com agrado, o Pessoa
Isso é que me magoa.
Estudam quem não conhecem
E os amigos esquecem.



Pessoa, alto poeta, louco
Mas disso tudo também tenho um pouco.
Compreendo o que ele pensava
Tudo pelo qual ele passava.

Com ele tenho parecenças
Temos as mesmas crenças
Pensamos da mesma maneira
Só espero não ter tanta maluqueira xD

Ele foi sempre pessimista
Acerca do futuro
A vida para ele era como um muro
No fim duma pista.

Enlouqueceu com pouca idade
Vítima da infelicidade
Infelicidade também eu possuo
Mas não algo tão duro.

Só espero conseguir mudar
E como ele não acabar.
Ai, Pessoa,
Gémeo da minha própria pessoa
Só espero não vir a enlouquecer
Como tu não quero viver.

Se consegues ouvir as vozes de nós poetas amadores
Dá-me força, tira a minha alma destas dores
Não me deixes seguir a tua vida psicológica
Que nem sequer tinha lógica.
Apenas deixa-me ser como tu, grande artista.
E ajuda-me a crescer optimista...

मु देउस...

Olha só o bico

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O mundo aparece demasiado explicado.

O mundo aparece demasiado explicado.

Teu jeito calado indica esperança,

mas quem diz que não é remorso?



Sou fiel aos hábitos; tu, aos mistérios.

Não coincidimos nossa lealdade.

Suporto, sobrevives.



O que adianta transbordar

se não dás conta do mínimo?

O que adianta me retrair

se não percebo o invisível?



O mundo aparece demasiado explicado.

Teu jeito calado indica esperança,

mas quem diz que não é remorso?



Sou fiel aos hábitos; tu, aos mistérios.

Não coincidimos nossa lealdade.

Suporto, sobrevives.



O que adianta transbordar

se não dás conta do mínimo?

O que adianta me retrair

se não percebo o invisível?



Fabrício Carpi Nejar*

2008

Dias de SOL

Talvez

"Talvez eu ache demais,talvez me perdi nestes dias tão normais,talvez estas frases feitas e pieguisses me entorpeceram,talvez eu não saiba o que quero ouvir de um alguém sobre ser como sou,talvez,apenas me desligue deste infinito***

sábado, 19 de abril de 2008

"Me chama pra dormir com você"

Prometo que te respeito até as 7 da manhã
e depois te ofereço em transfusão o meu tang,
ligo a tv
e vejo o jornal
e preparo sanduíches para nós
na esmagadeira elétrica de pão (agora eu tenho).
Busco no boteco da esquina
mortadela, patê
e uma garrafa de tubaína;
posso pegar também uma lata
daquela água de batata
que é a fanta maçã (argh).
Faço o que tiver de ser feito
para ganhar o direito
de me aninhar no teu peito:
Abandono até estas rimas bestas,
essa vontade de não sair as sextas,
o meu gosto estranho por programas da TV Senado
e aquela camiseta velha que uso para dormir.
Deixo de acreditar em tudo o que me dizem,
para crer apenas em teus credos;
vou ali na igreja universal,
numa sessão poderosa do descarrego,
e me apego como a louca da novela das oito,
mas prometo dirigir com calma,
para não capotar meu carro
e macetar a bicicleta que amarraram no poste.
Esqueço meu desmazelo,
arrumo a cama de manhã,
deixo de ser inocente para ser culpado,
saio do PFL, entro no PT,
vou da direita pra esquerda,
pra de fora ir pra dentro
da sua alma, do seu centro,
minha direção é com você.


por Zé Roberto

ÃO...

procuro\
deixo aqui um pedaçode mim
sonhos
vãos
e vão...
alguma flor melodia
algum pão
algo que mem desfaça
são..eu quero ser
ÃO...
nada mais que isso
>

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Pessoa


A Felicidade exige valentia... "Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."


Fernando Pessoa*

...ENQUANTO VC NÃO VEM VOU DAR UMA VOLTA NO INFINITO!




...ENQUANTO VC NÃO VEM VOU DAR UMA VOLTA NO INFINITO!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

PACIENTEMENTE

Nada sou diante de tamanho sentir...
E entre o imaginário e o real
apenas espero...

em silêncio...
em segredo...
em tempo...

PACIENTEMENTE
ESPERO...

Puta que pariu!!

Não sei palavras dúbias. Meu sermão
Chama ao lobo verdugo e ao cordeiro irmão.

Com duas mãos fraternas, cumplicio
A ilha prometida à proa do navio.

A posse é-me aventura sem sentido.
56 compreendo o pão se dividido.

Não brinco de juiz, não me disfarço em réu.
Aceito meu inferno, mas falo do meu céu

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pequenos GRANDES Versos!


A gagueira quase palavra
Quase aborta
A palavra quase silêncio
Quase transborda
O silêncio quase eco

A gagueira agora
O século eco


Arnaldo Antunes


************

Hipótese


e se eu te amasse
como um pássaro
ama a gaiola que o prende?


Linaldo Guedes



*****************
você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo

nem fale em amor
que amor é isto


Paulo Leminski

Paulo Leminski

a noite - enorme
tudo dorme
menos teu nome


Paulo Leminski

Barulho



Barulho

palavra
por palavra
minha úlcera
de verbos
tece aos poucos
a membrana
do silêncio


Lau Siqueira

terça-feira, 8 de abril de 2008

====

"Há sempre quem ame dentro da saudade...
Há quem lance o murmúrio inaudível dum nome,
e nas lágrimas escondidas...
um grito, um som..."

(Bernardete Costa)

Quero apenas

Quero apenas *


Além de mim, quero apenas
essa tranqüilidade de campos de flores
e este gesto impreciso
recompondo a infância.


Além de mim
– e entre mim e meu deserto –
quero apenas silêncio,
cúmplice absoluto do meu verso,
tecendo a teia do vestígio
com cuidado de aranha.





Olga Savary*

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Seu merda(amigo do peito)!!

Gentilezas?

Há dias em que as coisas não dão certo e o mundo parece divertir-se às nossas custas. Teorias cósmicas conspiratórias parecem fazer sentido, e pensamos: “eu não deveria ter deixado a cama hoje”. Sucessão de eventos desastrosos, ou a mera seqüência de pequenos fatos desagradáveis – quase imperceptíveis aos outros, mas que tomam vulto para nós. O despertador não tocou e estamos atrasados, esquecemos de comprar pão no dia anterior e sairemos de estômago vazio, vamos abrir a porta e ficamos com a maçaneta na mão, não percebemos a chuva insistente que cai lá fora e saímos sem guarda-chuva (se somos mulheres: nossos cabelos ficarão um desastre e isso não é pouca coisa!), um motorista buzina e nos xinga injustamente... Almas mais sensíveis podem deprimir-se por dias por conta de insignificantes eventos do tipo.

Por outro lado, pequenos gestos – também quase imperceptíveis – podem fazer toda a diferença, num dia que parece fadado a findar de forma desanimadora. Um vizinho que nos cumprimenta sorridente, um motorista que nos dá a preferência, o cobrador do ônibus que nos deseja um bom dia, a senhora ao lado que nos lança um olhar afável. Pequenas gentilezas e cortesias certamente não mudam o mundo: mas é inegável que têm o poder de transformar nosso estado de espírito e iluminar um dia cinza. Elas nos ajudam a redimensionar os eventos, a dar a cada coisa a devida importância (no caso, importância nenhuma); nos fazem recordar do que realmente importa.

Agir de forma gentil e cortês para com os demais, porém, nem sempre é simples. Não é fácil nos desnudarmos da postura defensiva que costumamos adotar para nos sentirmos menos vulneráveis ao outro. Vivemos num mundo complexo e plural, onde as mais diferentes culturas, crenças e ideologias convivem – infelizmente, nem sempre de forma pacífica e tolerante. Num ambiente de insegurança e freqüentemente de violência, tendemos a desconfiar da pessoa ao lado, e talvez com razão. O problema é que a postura de regra defensiva acaba por boicotar novos relacionamentos, restringir os contatos, contribuir para o isolamento. E faz com que não enxerguemos o outro.

Pequenas gentilezas não só não custam nada, como podem ser extremamente gratificantes para quem as oferece/pratica, se pensarmos que aquele simples bom dia ou sorriso pode confortar alguém, tornar mais leve um dia difícil. Do porteiro do prédio ao colega de trabalho, do funcionário da padaria ao nosso vizinho, da pessoa ao lado no ônibus às pessoas mais próximas e que conosco convivem diariamente: o companheiro, os pais, os filhos. Com modestas gentilezas cativamos e somos cativados. De pequenos gestos se fazem belos dias

Reflexões inconsequentes de quem não tem mais nada que fazer

Andei há uns meses a sair com um "troço" um bocadinho pedante e com a mania que todos eram seus empregados. A gota de água final foi quando, num restaurante, o rapaz manda o empregado de mesa comprar-lhe tabaco. Ainda por cima a máquina ficava na parte de fora do restaurante. Depois desse jantar arranjei maneira de nunca mais ver aquele troço de novo.
C lembra Victor??
rs!
:-D

zerk*

keane - everybody is changing




व्हो थे फुक्क?


Seja bem vindo!!

Vital* ( Só por Hoje)

Como do ar...

preciso da voz do silêncio
do múrmurio do vento
dos carinhos da chuva
da volatilidade dos pássaros

preciso confiar na vida
solidificar princípios
afastar precipícios
preciso aprender alimentar
meus lobos internos

preciso da constância da felicidade
do hoje
e de sobra
preciso não pensar em nada
nem imaginar como seria se fosse
viver o momento que é eterno e amanhã
quem sabe nem existe

preciso aprender a controlar impulsos
primitivos
sorrir com calma quando tudo parece perdido
acordar ao lado de quem amo com urgência

preciso apenas deste dia
único; certo
preciso voce por perto
para que tudo
no fim
se concretize


Lúcia Gönczy*

domingo, 6 de abril de 2008

Hilda Hilst


Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me E eu te direi que o nosso tempo é agora Esplêndida avidez, vasta Ventura, Porque é mais vasto o sonho que elabora Há tanto tempo sua própria tessitura. Ama-me. Embora eu te pareça Demasiado intensa. E de aspereza. E transitória se tu me repensas. "Ama-me, ainda é tempo!"... Hilda Hilst*

Cristalino*

Ele,
intenso rio.
Passa com força levando tudo
cantando alto
batendo e desenhando pedras
Mas passa...
Nenhuma gota para trás
deixando

Ela,
parte dele.
Amor eterno
único rio onde deseja
banhar-se

Ela para Ele:
A temperatura, a profundidade, a pureza, e a qualidade das águas deste rio....

Ele para Ela:
A transparência necessária.

Dois rios dando vida às suas vidas
e o Amor é tudo,
finalmente.



Lúcia Gönczy e Thiago Poli*

###

" Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente
aqueles qe se distanciaram . Há sempre tempo para se amar
e se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar ! "

sábado, 5 de abril de 2008

...

Flores abertas no peito
e de novo...e de novo
esperamos não sobreviver
permanecer adormecidos
sem versos nem olhares
sem tua face intocável

esperamos que o mundo se apague
que se feche a cortina
não cantem mais os pássaros
cale-se esse relâmpago de amor...
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yes

"Dom Quixote"

"Dom Quixote"
(Engenheiros Do Hawaii)

Muito prazer, meu nome é otário. Vindo de outros tempos mas sempre no horário, peixe fora d'água, borboletas no aquário. Muito prazer, meu nome é otário. Na ponta dos cascos e fora do páreo, puro sangue puxando carroça. Um prazer cada vez mais raro, aerodinâmica num tanque de guerra, vaidades que a terra um dia há de comer. Ás de espadas fora do baralho. Grandes negócios, pequeno empresário. Muito prazer me chamam de otário... por amor às causas perdidas. Tudo bem... até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento. Tudo bem... seja o que for, seja por amor às causas perdidas. Por amor às causas perdidas. Tudo bem... até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento. Se for por amor às causas perdidas, por amor às causas perdidas... muito prazer... ao seu dispor!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

CAZUZA


CAZUZA

Memória Noviciado da Paixão(1974)

Lobos? São muitos.
Mas tu podes ainda
A palavra na língua

Aquietá-los.

Mortos? O mundo.
Mas podes acordá-lo
Sortilégio de vida
Na palavra escrita.

Lúcidos? São poucos.
Mas se farão milhares
Se à lucidez dos poucos
Te juntares.

Raros? Teus preclaros amigos.
E tu mesmo, raro.
Se nas coisas que digo
Acreditares.


Hilda Hilst
(Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974) - Poemas aos Homens do nosso Tempo - VIII)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Quem vai explicar:vc ou a vida?




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