sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Entrevista com o músico Maurício Zerk

Conheço muita gente do meio musical aqui de Salvador, mas nunca recebi muita atenção pelo fato de não ser famoso ou muito comentado. Um bando de falidos que não grava nada e que quando grava, faz merda.” (M.Z.)

Por Elenilson Nascimento

Depois de meses esperando essa entrevista, sob os braços, o rabo e bênçãos de Iemanjá, enfim, o músico baiano Maurício Zerk tomou coragem para esse bate papo aqui no LC. Ele se considera um autodidata, gravou a primeira demo em 2004 com a banda Via Dupla, já participou de vários festivais de música e também já fez parte de várias bandas de rock em Salvador, além de participar da antologia “Poemas de Mil Compassos” (2009) e ter lançado o excelente álbum “Agosto”, em 2010.

Avesso à imprensa, o cantor e compositor contou um pouco como tudo começou, as influências, a mudança em sua vida depois do ótimo disco “Agosto” e seus singles cheios de covers de John Lennon e Madonna, apesar de ter se recusado a responder várias perguntas. Mas ainda tivemos tempo para falar sobre o processo de composição, internet, fãs e sua timidez.

Zerk ainda abriu o jogo sobre as suas parcerias, soltou o verbo contra a mesmice que infesta a capital baiana, contou mais sobre o seu último trabalho "Eu Me Repito Muitas Vezes e Te Comovo Muito Mais", com uma mistura de pop e rock – baixe aqui –, que resultou num disco autobiográfico. Divirta-se, imperdível para os fãs de rock de boa qualidade e de conversas descontraídas.

Elenilson – Fale um pouco desse conceito que envolve esse novo álbum principalmente sobre o tema das faixas "Descontínio" e "Para não sentir".


Maurício Zerk - Trata-se de um conjunto próprio de concepções. O disco é sobre amor, sobre o que melhor sei dizer, sobre o cotidiano... Não existe nada muito específico. Dei prioridade à sonoridade. Para mim é fundamental se criar bons arranjos que, na maioria das vezes, acabam ofuscando as letras, ainda mais no meu caso que não escrevo tão bem assim.


Elenilson – A introdução da música “1993” é perfeita. Essa música fala de sonhos, ou melhor, da falta deles. Essa canção é autobiográfica?


Maurício Zerk - Sim, o disco é autobiográfico. Tudo que escrevo é. Cada verso é uma parte de mim, um evento, um acontecimento. "1993" fala sobre o encontro com a vida, relata uma busca desesperada por um amor confuso que se foi. Eu tinha acabado de reatar de um relacionamento falido e fomos juntos para o estúdio nesse dia finalizar as vozes... e na viagem acabei mudando a letra da música.


Elenilson – “Morrer de amor ao pé da tua boca...” Está apaixonado Maurício?


Maurício Zerk - Não necessariamente. Essa letra é da Maria Tereza Horta e foi amor a primeira visão. Estava com a música pronta e não conseguia escrever nada e escolhi essa letra da Maria porque a acho uma poetisa de mão cheia. É minha predileta. Foi feita no susto, em 5 minutos.


Elenilson – Algumas músicas de "Eu Me Repito..." mostram bumbos e até harpa e um peso que eu diria que torna esse disco mais maduro do que o seu anterior. Tem umas músicas pesadas e cheias de veneno que faz lembrar os bons tempos do Angra. Você concorda com isso? Teria sido apenas uma boa influência nesse novo disco?


Maurício Zerk - Bom, o meu som é reflexo do que ouço no dia-a-dia. Existem várias influências nesse disco. Tive mais tenho para terminá-lo do que o disco anterior que foi feito em apenas três meses. Ouço de tudo que você possa imaginar. Do Chico Buarque ao samba-reggae do Ilê Ayê. Da Madonna ao som indie e maravilhoso da PJ Harvey que é uma das minhas maiores influência, então, quando vou compor e criar involuntariamente acabo criando um estilo próprio. Nunca me apego ao um estilo ou som específico. Crio.


Elenilson – Porque “Boas Novas”, do Cazuza, foi escolhida para ser apresentada ao público antes do lançamento do disco? Você acha que ela resume a sua nova fase, algo como um carro-chefe?


Maurício Zerk - Sempre gostei do Cazuza, cresci ouvindo seu som desde a época do Barão. Muita gente não gostou da minha versão, mas eu a adoro. Escolhi como carro chefe simplesmente pelo fato de ser uma canção bonita e para homenageá-lo.


Elenilson – Como está sendo a resposta às novas músicas, principalmente pessoas da imprensa?


Maurício Zerk - Nossa, eu não imaginava que as críticas ao disco seriam tão empolgantes. Até agora só li boas críticas. Claro que existem sempre um e outro que torce o bico, que me chamam de maluco por fazer um som tão indie nessa cidade que valoriza tanto outros estilos musicais. Mas não me apego a esses comentários e críticos desocupados.

Elenilson – Como foi trabalhar com um cara antisocial e difícil como Elenilson na música “Viciado”? Como foi o processo de escolha da canção? E como é transformar um poema em música?


Maurício Zerk - É sempre bom trabalhar com o Elenilson. Desde que musiquei seu primeiro poema me apaixonei pela sua forma de escrever. Ele é super liberal e compreensivo quando encontro dificuldades. Existem caras que não permitem que você “corte” nada na letra, por exemplo. Com o Nascimento não, ele sempre deixa a “faca” em minhas mãos. “Uma Visão Contemporânea” é uma das minhas canções prediletas. Fui feliz fazendo aquele som. Foi meu mantra durante muito tempo.


Elenilson – Contando com todo o exagero da resposta, enfim... Normalmente as pessoas acham que pelo fato de você ser músico, não faz mais nada além de escrever. Não come, não fode, não defeca. Comenta.


Maurício Zerk - A única coisa que diferencia o Maurício Zerk artista das outras pessoas é que disponibilizo um tempo há mais da minha vida para fazer aquilo que eu diria que é meu elixir. Adoro sair à noite, principalmente com meus cachorros. Bebo quase todos os dias com meus poucos amigos... um baseadinho de vez em quando também faz muito bem a saúde mental.


Elenilson – Cite umas bobagens que surgem no meio da madrugada entre um trago e um afago num viralatas...


Maurício Zerk - É nessas horas que nascem “canções hits”. As minhas melhores canções apareceram nessas madrugas entre esses tragos e afagos que sempre estarão no meu dia-a-dia.


Elenilson – A música “Aviso Prévio” (que é dividida em duas partes) mostra dois elementos distintos: influência da música brasileira e ao mesmo tempo passagens progressivas. Lembrei tanto do último disco do Cranberries. Achei linda. Uma das melhores do disco. Primeiramente, fale sobre as suas influências que aparecem nesse disco.


Maurício Zerk - Já respondi isso antes né. Tudo que ouço é reflexo do crio e vice-versa.


Elenilson – A outra questão se refere ao fato de os elementos progressivos estarem mais em evidência. Em diversas músicas do seu disco existem passagens bastante modernas e progressivas. Em outras, parece um disco dos anos 60. Poderiam comentar um pouco sobre isso?


Maurício Zerk - Durante a criação do disco ouvi muita coisa da Marina Lima, principalmente seus últimos dois discos. PJ Harvey, Amy Winehouse e The Queen Of... também estavam lá. Ouvi muito os discos do Tim Maia dos anos 70 e acabei levando um pouco de cada para o “Eu Me Repito…” Tenho medo de finalizar um disco e o ouvinte ter a impressão de ter escutado a mesma música do inicio ao fim. Eis aê a minha preocupação em relação à sonoridade!


Elenilson – Especialmente em “Acesso”, percebe-se o uso de bateria eletrônica numa balada jazzística bastante técnica. Você poderia falar um pouco sobre isso?


Maurício Zerk - A princípio seria um disco de jazz/blues, mas acabei me perdendo no meio do caminho. Conheci uma banda de trip hop que me deixou louco e acabei criando “Descortínio”, por isso o disco todo navega com esse estilo, mais calmo, sem deixar trazer o peso do rock in rool.


Elenilson – Zerk, seu vocal tem ficado em destaque absoluto em todas as músicas desse novo álbum. O que você acha que mudou e/ou se destacou tanto neste álbum?


Maurício Zerk - Para dizer a verdade, meus recursos são muito poucos. Gravo tudo em casa, mas nesse disco preferi gravar as vozes em um estúdio profissional. E o que mudou... não sei. Tentei melhorar mais a minha dicção que antes era um terror. Gritava muito e as pessoas reclamavam que não conseguiam entender direito o que eu falava. Fiz algumas aulas de técnica vocal em casa mesmo, com curso a distancia e acho que me dei bem. (risos)


Elenilson – Você já se arrependeu de alguma escolha?


Maurício Zerk - Em relação à música sim. Odeio “Olha Só” do disco “Agosto”. Me arrependo amargamente de ter colocado ela no disco, assim como meu cover para “Ray Of Light”.


Elenilson – Como é você lidar com esses dois lados: sucesso e deserto?


Maurício Zerk - Hoje lido muito bem com isso... Quando encontro pessoas na rua que curtem meu som é aquela coisa. Nos shows então... Tudo vem com seu ônus e o bônus. No início eu tinha depressão pós- show. Batia um vazio terrível sempre que eu terminava um espetáculo. Vê todo aquele movimento e logo em seguida me via sozinho num quarto de hotel... era aterrorizante. O segredo é buscar o equilíbrio.


Elenilson – Sabe-se que a maior dificuldade da produção cultural num país como o Brasil é despertar o interesse e fazer acreditar num projeto. O que chama muito atenção é a falta de criatividade e de profissionais de talento para inventar novos atrativos. Muitos profissionais acabam recorrendo a modelos que já inspiram sucesso em outros lugares. Exemplos: festas de camisas, feijoadas, lavagens, etc. Por onde anda a criatividade brasileira tão difundida na sociedade?


Maurício Zerk - PERDIDA! Existe muita gente boa fazendo um som muito bom, mas como disse antes, acabam sendo ofuscado por esse mercado que está aê. Eu, por exemplo, foco meu tempo no que é meu, no meu som e consequentemente coisas acontecem, pessoas acabam se encontrando naquilo que faço. Seguir padrões não rola comigo... ando desconectado dessa panelinha.


Elenilson – Você disse numa entrevista que “o Brasil é um arquipélago de artistas e que temos um panorama rico e múltiplo”, mas, afinal, onde estão todos esses artistas?


Maurício Zerk - Escondidos, trabalhando e fazendo o melhor que sabem. Acho que sou um bom exemplo, não?


Elenilson – Como você vê a movimentação (ou não) de músicos, autores, atores e vários outros artistas anônimos na internet?


Maurício Zerk - A internet foi tudo nesse aspecto. Até convites para fora do país eu já recebi depois do meu último disco. Mas o ideal é tocar seja lá onde for... qualquer buteco, qualquer esquina... não existe nada melhor. Não existe melhor divulgação.


Elenilson – Sua poética revela sempre algo de visceral. Até que ponto você é mais vísceras que cérebro?


Maurício Zerk - Ah... não sei se deveria dizer que sou mais um do que outro. Tudo, as ideias, cada passo é “fabricado” aqui, no cérebro, onde tudo é visto e revisto.


Elenilson – Uma coisa que me irrita muito nesse meio cultural de Salvador são as panelinhas. Eu sou amigo de fulano que é amigo de sicrano e não quero trocar ideias com o anônimo que não é amigo de ninguém. Comenta.


Maurício Zerk - Isso te irrita? Eu já estou acostumado. Conheço muita gente do meio musical aqui de Salvador, mas nunca recebi muita atenção pelo fato de não ser famoso ou muito comentado. Um bando de falidos que não grava nada e que quando grava, faz merda. Sou muito mais comentado no Sul do que aqui na terra do axé. Na verdade, o que rola mais é esse estereótipo que todos nós já conhecemos e eu, felizmente, não me enquadro nele.


Elenilson – Olhando as suas capas de discos e singles, as artes plásticas são fonte de inspiração para sua poética?


Maurício Zerk - As capas de disco, assim como a música e minha poesia, refletem quem sou, o que estou e pra onde quero ir. (risos)


Elenilson – De que forma a sua poesia também dialoga com a música?


Maurício Zerk - Digamos que de forma cênica. A música de alguma forma traz satisfação a quem está a ouvindo. Sendo assim, já que a música está intimamente ligada à poesia, tento fazer tudo que um poeta faz: contar histórias e estórias.


Elenilson – Trocar ideias com pessoas fora da área te excita?


Maurício Zerk - Claro que sim. Tudo é informação. Sou uma espécie de esponja que vai sugando tudo que acho interessante. Tudo aquilo que pode ser usado no meu som assim como no meu cotidiano. Tenho muito mais amigos escritores do que músicos, por exemplo, e nossos encontros são sempre extasiantes. Adoro o Eduardo Penteado, escritor carioca, nossas trocas de figurinhas acabam sempre em ideias musicais.

Elenilson – Em que lugar você se coloca nesse debate em torno dessa política cultural incompetente implantada por Marcio Meirelles?


Maurício Zerk - Não acho que o Meireles foi incompetente. Como já citei, o país é precário em cultura e educação. O que falta é prioridade nesse setor.


Elenilson – Recentemente uma ex-BBB (*já que isso agora é profissão) disse que o “mundo gira em torno deles”, então, muito solidária, diz que vai posar nua para ajudar a população carente. Com você encara essas sub-celebridades que chamam muito mais atenção da mídia do que os poetas?


Maurício Zerk - Bom, é isso o que a cultura de massa proporciona, portanto, sempre haverá alguém para usufruir e consumir disso. Queria eu ter a sorte de ter tanto com tão pouco. No entanto, prefiro continuar remando contra a maré.


Elenilson – O vale-cultura é como o Bolsa Família, me apavora muito. Mas todo mundo está achando uma beleza. O vale funciona, mais uma vez, como uma espécie de bônus, de prêmio, e isso me assusta. Não sei se isso vai virar moeda, se as pessoas vão comprar arroz, feijão, com o vale. Como iniciativa é interessante, mas a prática não funciona… Comenta.


Maurício Zerk - Acho super interessante. É uma forma de incentivar e facilitar o encontro das pessoas de forma mais fácil e direta com a cultura do país. Alguns amigos da área veem como uma espécie de esmola, porém, facilitar o acesso ao cidadão de baixa renda “AO CINEMA NOSSO DE CADA DIA” é plausível. Tudo é válido. Afinal de contas, como já dizia os Titãs, “a gente não quer só comida... agente quer COMIDA, diversão e arte.”


Elenilson – Depois de ver e ouvir o resultado do seu CD, e refletir sobre o tudo que você passou e passa com relação à falta de patrocínio, você acha que seria a hora de dizer que "há males que vem pra bem"?


Maurício Zerk - Claro que sim. É revigorante quando leio alguma crítica favorável ao disco. É ter certeza que não usei meu tempo em vão. Quando começo a trabalhar num disco, coloco minha audição como prioridade. Se caiu bem aos meus ouvidos o resto é conseqüência... ver pessoas que se encontram quando ouvem meu som é certeza de que estou no caminho certo. Enquanto aos patrocínios, esses eu busco.


Elenilson – Quais os planos daqui pra frente? As datas da tour no Brasil já estão praticamente fechadas?


Maurício Zerk - Estou fechando alguns shows pela cidade e interior. Sampa e Rio somente no fim de dezembro... E como patrocínio por aqui é muito difícil para meu som, vou indo devagar. Recebi pedidos essa semana de mil cópias do disco novo para uma loja em São Paulo e estou super feliz de ver que ainda é capaz de se colher frutos fazendo boa música nesse país, principalmente em Salvador.

“Tudo é informação. Sou uma espécie de esponja que vai sugando tudo que acho interessante.”
Compondo e sobrevivendo na selva da música na Bahia.
"Mais um dia desses, vou fugir de casa. E não volto! E não volto! Vou bater as asas, Só vou levar comigo o retrato do meu gato" (Rita Lee). Foto massa!
“Escrevo aqui para que seus olhos possam se lembrar de mim quando sua mente me esquecer!” ( F. Costa)
"Eu Me Repito Muitas Vezes e Te Comovo Muito Mais" (2011).
Os álbuns e singles. 

fotos: MZ/divulgação

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

EU ME REPITO MUITAS VEZES E TE COMOVO MUITO MAIS

“O novo CD de Maurício Zerk tem uma música de Elenilson Nascimento, Cazuza e Madonna.”

Por Elenilson Nascimento

Você pode estar estranhando a presença de Maurício Zerk na seção MPB de sites e de algumas poucas lojas sobreviventes de discos, assim como talvez tenha achado estranho vê-lo aqui, em várias matérias, um Zerk poeta, em vez de lê-las no espaço dedicado ao Pop-rock. Confesso: foi difícil categorizar esse artista. Mesmo porque categorizar é uma coisa que eu detesto. O motivo é que, historicamente, todos os vocalistas dos grandes nomes do rock nacional, tenham permanecido ou não em suas bandas, se aproximaram demais da MPB ao partirem para investidas solo, a ponto de confundirem a cabeça de fãs e jornalistas.
Frejat, vocalista do Barão Vermelho, e Renato Russo, da Legião Urbana, são apenas dois nomes de uma lista que inclui ainda Herbert Vianna, dos Paralamas; Leoni, ex-Kid Abelha; os ex-titãs Nando Reis e Arnaldo Antunes; e os titãs Paulo Miklos e Sérgio Brito, entre outros. Mas o caso do Zerk é fácil de exemplificar: é muito mais fácil ouvir “1993” – primeira faixa desse novo trabalho de "Eu Me Repito Muitas Vezes e Te Comovo Muito Mais" (2011) – tocando nas rádios MPB e de estilo “adulto-contemporâneo” do que nas emissoras ditas roqueiras e alternativas.
Zerk concorda que já pode ser incluído no rol dos emepebistas, mas com ressalvas. “O pop-rock brasileiro faz parte da MPB. Então, nesse sentido, eu também faço MPB. Mas não essa MPB violão de nylon, tanto que eu já recusei a fazer um disco acústico”, disse o jovem cantor baiano, numa entrevista exclusiva a ser publicada em breve aqui no blog.
A ótima “Aviso Prévio” – que já caiu na boca do povo, como ficou provado no pocket show que o Zerk fez recentemente numa loja de discos no boêmio bairro do Rio Vermelho, Salvador (BA) – é uma das 14 boas faixas inéditas de "Eu Me Repito Muitas Vezes...”, disco majoritariamente romântico (apesar da pegada rock) e independente, levemente mais roqueiro que a estreia solo do cantor em “Agosto” (2010), depois de ter lançado vários singles – muitos deles lançados aqui no blog, como “Eu Queria Ser John Lennon”, que por sinal a canção desse título pode ser escutada na íntegra pela internet e tirada do meu livro “Palavras Faladas Fadadas Palavras” (2002).

Mas "Eu Me Repito Muitas Vezes...” segue a mesma tendência. Zerk acertou a mão como guitarrista e, sobretudo, como compositor. Seja com antigos parceiros, como no meu caso, na bela canção “Viciado”, também retirada do meu livro “Palavras Faladas...”, ou com novos nomes, como Meg Mattos, Maria Tereza Horta e Eduardo Penteado.

Em “Pra Te Salvar” comprova sua vocação para letras românticas e assina também outros rocks rasgados que falam de amor. Outro velho conhecido de Zerk marca presença no disco: Cazuza, com quem o cantor gravou “Boas Novas”, lançada anteriormente em single. Vocês agora terão a chance de baixar (com exclusividade) esse “novo” CD do Maurício Zerk, "Eu Me Repito Muitas Vezes e Te Comovo Muito Mais", que conta também como bônus track uma versão bem diferente de "Music" da Madonna. No arquivo contém também mais três encartes alternativos do CD.

fotos: divulgação

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