segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Hora de voltar... pra guerra!




Hoje, Quarta -feira, 5° sessão do liquido vermelho








Conheci o medo daquilo que eu não tinha durante a sessão tortura hj a tarde. Uma nova medicação,
duas horas de aplicação endovenosa. Senti pequenos incômodos que precisaram ser acompanhados
pela supervisora do Júlio (obrigado pela paciência, guri). Uma leve irritação na garganta foi
o bastante para interromper o liquido vermelho durante 30 minutos até que providências fossem tomadas. Assim
como nos primeiros dias me senti super fraco,cansado e com um sono sem fim, mas faz parte, fui avisado e
o riso largo entre as minhas bochechas durou pouco.
Hora de voltar pra casa.
E nessa noite que vos escrevo com um sentimento estranho, quero contar sobre a madrugada ultima aonde deparei-me com terriveis dores circulando pelo meu corpo, dos pés até a ponta da cabeça, tudo em mim doía, até a alma. Milhões de sensações estranhas tomam conta de minha mente, sinto-me brutalmente agredido, envenenado, maltratado,bombardiado. Sem conseguir entender o que se passa direito comigo, chego a pensar
que vou enlouquecer, se não morrer. A cada minuto um novo sintoma soma-se aos já existentes. Um verdadeiro campo minado! (sai daqui sofia!!!)
Colicas horrorosas, e articulações que parecem ser serradas. Algumas dores anais seguidas de gases que cheiram a explosão (queria tanto rir disso, mas não consigo... hj não.). Num primeiro momento imagino-me no ringue, literalmente nocautiado. Por um segundo a própria "Maria Madalena" apedrejado erguendo os olhos aos ceus em súplicas. Fora eu esquecido? Eu não procuro Deus! Eu não sei me cuidar, mas relaxa... eu toh quase lá, mesmo com essas dores
incontroláveis no maxilar e esse vulcão que arde em minha cabeça pronto a explodir. E por mais um segundo, sinto-me o próprio "Frankenstein", repleto de parafusos frouxos. O que me leva a vir até e comentar isso? Seria falta de atenção? Não!!! No limiar de minhas forças, resolvir gritar pois seria bem mais interessante do que acordar meu pai a essa hora da madrugada e ter a situação mais incontrolácel ainda! Seria muito drama de uma vez e com certeza isso me irritaria mais ainda. Talvez eu queira fugir do pesadelo por alguns minutos, mesmo aqui nessa página aparentemente patetica e comum, como todo blog se faz.
Nossa, a sensação é indigna (pause)...! Assistir a força do corpo mais a doçura de sua própria fragilidade prestes a se fragmentarem é como estar aprisionado a um filme de terror na única possível condição de exitência do seu personagem: ser quase uma aberração!

Hora de voltar pra cama.


Salve os mantras! Salve os exercícios de respiração!





***Há um Circo lá Fora ***

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