quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

... na minha mão!




Eu quero o bem de outra mão na minha — fria. O bem de uma noite calma — até nos sonhos. De despertar na hora — exata — de receber o dia. De um recado da irmã — querida. De ver a forma do que era idéia — delícia. De ouvir a voz de um antigo amigo — trazendo uma canção já esquecida. De ver a lua aparecer de dia — colocando (entre parênteses) o tempo-ontem e o tempo-agora. De ler a carta em que um amigo — irmão — conta as novidades com demora. De ter os pedidos — os mais simples — atendidos. De abrir o longo e-mail de um distante primo — e prima. De esquentar — com estas palavras que agora escrevo — o coração de algum ser cujo corpo é aquecido pelo vinho. De assistir a um filme - de final imprevisível. De almoçar — para seguir leve — um sanduíche. De abrir a rede — para armar um cochilo. De poder mudar de planos — pelo conselho do sono. De quebrar cabeça — só com problemas feitos de numerais e símbolos. De caminhar ouvindo música — meus passos quase de dança. De uma caneca d'água — carinho na sede. De tomar banho no escuro — sem eletricidade. De rumar para um recanto — um pouco além da cidade. De rever novos amigos — aprender-lhes qualidades. De escutar uma antiga história — versão mais simples, verdadeira. De tocar uma canção — novinha em letra e melodia — em homenagem a um... parceiro. De um leitor — de carne e osso — abençoar minhas escritas cagadas palavras. De ouvir no rádio a música — mesmíssima — que pouco antes tocava em meu interno ouvido. O bem de escolher a cama — pois melhor me esquento. Eu quero o bem de reolhar o dia — e sabê-lo perfeito.

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