sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Me dê noticia de você / Eu gosto um pouco de chorar /Me deu vontade de lembrar /Me leve um pouco com você / Eu gosto de qualquer lugar...

... A gente pode se entender / E não saber o que falar...





Descubro a fome que desde sempre quis que me habitasse, que desde sempre esperei tomar meu corpo e o seu de dentro, uma fome que encontra saciedade e mais de si porque saciada, uma fome que se extingue e renasce porque pôde ser extinta. Gozo em mim a fome e gozo mais seu aplacar, porque a possibilidade de ser aplacada a define como a fome pela qual eu esperei por tanto tempo famintO daquilo que não se fazia, daquilo que de tão raso, era o suposto inalcançável, daquilo que de tão incompleto, parecia a suposta completude. Tenho enfim a fome que finda e que em si se refunda, não para me por a procurar além, mas para encontrar-me em mim. Bendita seja esta fome saciada-a-saciar que me apascenta e liberta, que me enaltece e amplia. Encontro enfim a fome de mim mesmo, desta de mim mesmo que pude vir me fazendo, que tenho sido, que descobri comigo desde que tu me trouxeste contigo.

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