segunda-feira, 14 de julho de 2008

E por um segundo não sei mais quem sou ou para que lado devo fugir...Dai-me um abraço e diga-me que não devo mais mentir!!!


*ESSÊNCIA*


Às vezes
Sinto-me batendo nas teclas de um piano mudo
Surpreendo-me camponês
Semeando terras estéreis
Vejo-me voando com asas de cera
Cada vez mais alto, tentando alcançar teus olhos
Tentando alcançar com a ponta dos dedos
Uma lágrima que cai com o vento
Uma gota que se estilhaça ao me aproximar
Me faz parar, deitar e chorar
E te abandonar
E te deixar só em tua ilha distante
Longe dos meus versos azuis
Longe do meu olhar suplicante
Nunca saberás, então
Quanta saudade sentirei no primeiro segundo
No instante em que me rasgar tua ausência
Nunca saberás qual é o gosto de minha essência
Não posso mais vagar pelas trevas
De tua velha mansão em ruínas
Não consigo buscar-te às cegas
Numa queda livre que nunca termina
No entanto...Se tudo que fomos foi poesia
Deixo-te uma garrafa de minha essência
Infelizmente...
Vazia.

Eduardo B. Penteado

Um comentário:

Maurício Zerk disse...

E isso custa-me mais do que qualquer fortuna...é amargo
lutar contra meus anseios e ir
de encontro aos meus desejos,mas
a minha dor pode me matar e não quero voar sem saber pra onde estou indo,sem buscar um caminho seguro...sufoco meu choro...é simplesmente impossível não ser eu...
Deus,o que há de errado...?

***