Como do ar...
preciso da voz do silêncio
do múrmurio do vento
dos carinhos da chuva
da volatilidade dos pássaros
preciso confiar na vida
solidificar princípios
afastar precipícios
preciso aprender alimentar
meus lobos internos
preciso da constância da felicidade
do hoje
e de sobra
preciso não pensar em nada
nem imaginar como seria se fosse
viver o momento que é eterno e amanhã
quem sabe nem existe
preciso aprender a controlar impulsos
primitivos
sorrir com calma quando tudo parece perdido
acordar ao lado de quem amo com urgência
preciso apenas deste dia
único; certo
preciso voce por perto
para que tudo
no fim
se concretize
Lúcia Gönczy*
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