
Eu sem dono.
Eu sem sono.
Na noite escura, vazia.
Nos becos de mim, escondo segredos...
- Que medo! – o medo do fim,
Assim, sem dono, sem sono.
Os muros do passado
Pesados, pisando em mim...
E eu assim,
Sem dono. Que dono!?
Quero o sono, sim.
Quero o sonho
Na noite vazia.
Para acordar feliz
E esquecer que não sou.
Que estou sem dono, sem sono,
Na noite escura de todos os dias!
Vânia Scimenon
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